Falta de prestígio da CBF na Fifa pode ter afetado Seleção
O gol irregular da Suíça no empate (1 a 1) da estreia do Brasil na Copa do Mundo, a não marcação de pelo menos um pênalti a favor da Seleção no jogo desta sexta (6) com a Bélgica e a cumplicidade da arbitragem com jogadores que caçaram Neymar em campo durante todo o Mundial expuseram uma situação de total desprestígio do comando do futebol brasileiro. Envolvida em escândalos de corrupção nos últimos anos, a CBF não tem poder na Fifa, nem o mínimo suficiente para evitar que prejudiquem a Seleção.
Com um presidente que mais parece uma figura decorativa, o coronel Antônio Nunes, e com um presidente eleito que só vai tomar posse em 2019, Rogério Caboclo, a CBF colhe os espinhos dos últimos anos, nos quais teve um presidente, Marco Polo Del Nero, impedido de deixar o Brasil por receio de ser preso. Em 2015, ele foi indiciado por crimes de corrupção pela justiça dos EUA, mas continuou no cargo da CBF e só saiu de lá ao ser banido do esporte pela Fifa no início de 2018.
Antes, com Ricardo Teixeira – também indiciado pelos norte-americanos em 2015 por corrupção -, a Seleção não teve nenhum lance polêmico em Mundial, que lhe fosse desfavorável, marcado pela arbitragem. O dirigente chegou a ser do comitê executivo da Fifa e da comissão de arbitragem da entidade e trabalhava nos bastidores pela Seleção. Ele saiu da CBF em 2012, quando renunciou ao cargo diante de uma série de acusações de que cometera desvios na confederação.
Numa conversa com a reportagem do Terra, no início de 2015, Teixeira disse que, com ele na CBF, jamais a Seleção passaria pelo vexame dos 7 a 1 da Alemanha, no Mundial de 2014.