O desrespeito de Moreninhas e Operário no futebol feminino
É conhecido por todos a dificuldade que os clubes da capital tem para disputarem os campeonatos profissionais da FFMS. Nenhum deles tem base e nada muda ano após ano.
Equipes são montadas para a disputa da Série A e mais nada. Não há legado algum deixado por nenhuma equipe. Este ano, três clubes da capital disputam o Estadual Feminino e o descaso toma conta.
A Moreninhas que retorna ao futebol após longa inatividade, disputa a competição com o time da UCDB. A 1ª rodada teve de ser adiada pois o time de futsal disputava competição em Sidrolândia.
O jogo do leão com o Operário no 1º turno, foi disputado em Terenos e até horas antes da partida, ninguém da Secretaria de Esportes da cidade vizinha da capital sabia da partida conforme divulgado a Rádio Esporte MS.
Já no primeiro comerário vencido pelo Comercial por 1 a 0, o Operário divulgou uma escalação para a imprensa, delegado e arbitragem e depois teve que corrigir pois atletas não chegaram.
Toda a numeração foi mudada e para definir titulares e reservas, foi colocado um T de titular e R de reserva na frente dos nomes. Este fato foi repetido na última quinta-feira na vitória das Moreninhas sobre o Operário por ambas as equipes.
Cada atleta chega por conta própria e quem chegar a tempo vai pro jogo. O descaso só não é similar a várzea pois lá tem mais organização que no departamento amador das duas equipes.
Moreninhas e Operário não divulgaram as escalações descumprindo o regulamento de competições que prevê a informação 45 minutos antes do início da partida.
As escalações foram confirmadas apenas 10 minutos antes da bola rolar. No comerário do último sábado empatado por 2 a 2, o Operário não tinha sete atletas para iniciar a partida e entrou em campo atrasado usando cinco dos 30 minutos que tem direito para iniciar a partida.
No banco do galo, ninguém além do técnico Emerson e do massagista Madalena. Porque razão permitem o clube passar por tamanho constrangimento e ridículo?
Vicente Lobo do Operário e Jorge Fernandes na Moreninhas são os responsáveis pelo departamento de futebol feminino dos clubes e pela desorganização com autorização dos Presidentes Estevão Petrallas e Minez Aguiar.
E não me venham com a balela que são “abnegados” do futebol. Ambos mostram incompetência na condução daquilo que lhes competem e envergonham o nome dos clubes com aval de seus presidentes.
Me parece claro que estão a frente do futebol feminino para a auto-promoção e sem nenhum compromisso com o torcedor que deveria ser o grande alvo para todos que se propõem a trabalhar no futebol.
Para piorar, o árbitro João Bosco Echeverria deu início a uma partida em um pântano chamado de gramado do Jacques da Luz no último sábado.
Sem ambulância e com o campo sem condições da prática do futebol, ele foi irresponsável em permitir que a partida acontecesse sob o risco de alguma atleta ter uma grave lesão.
Mas o irresponsável teve sorte e ninguém se contundiu. Dentro de campo temos boas atletas, talento e as algumas meninas tem um bom potencial.
A equipe da Rádio Esporte MS fala com propriedade sobre esses fatos lamentáveis pois é a única a acompanhar todas as competições de futebol do Mato Grosso do Sul e presenciou esse descaso na capital.
É preciso respeito com o futebol feminino dentro e fora de campo e não podemos concordar em hipótese alguma com o descaso que está acontecendo.