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River Plate x Boca Juniors: final da Libertadores é adiada

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O tão aguardado River Plate x Boca Juniors no Monumental de Núñez, pela volta da final da Copa Libertadores prometia ser um jogo marcante. Mesmo sem a bola rolar, isso aconteceu, mas de uma forma negativa. Trágica, para ser mais preciso.
Uma série de incidentes antes do clássico impediu que o jogo pudesse ocorrer neste sábado. O pontapé inicial estava marcado para as 18h (de Brasília), foi atrasado duas vezes até, enfim, ser adiado para domingo, no mesmo horário.
“É impossível jogar nessas condições. A partida se joga amanhã às 17h (horário local da Argentina, 18h de Brasília). Nestas condições, se distorcia o jogo, se deve ganhar no campo”, disse Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol.
Depois de o ônibus do Boca ter deixado o Hotel Madero, onde a delegação estava hospedada, com uma linda festa de sua torcida, o clima de festa virou de tensão quando o veículo se aproximava do Monumental de Núñez. Torcedores do River jogaram pedras e outros vídeos em direção ao veículo, o que quebrou diversos vidros e feriu jogadores. É possível ver uma garrafa que foi atirada e acertou um próprio torcedor do River do outro lado.
Gonzalo Lamardo e o capitão Pablo Pérez precisaram ser levados ao hospital. O primeiro teria sofrido um corte na panturrilha, enquanto que o segundo, no rosto. Além disso, Gonzalo Jara teria sofrido corte no rosto. Carlos Tevez, Ramón Ábila e Cristian Espinoza também teriam ficado afetados.

De acordo com o secretário geral dos xeneizes, Christian Gribaudo, disse que “há jogadores do Boca que não têm como jogar”.
Já César Martucci, secretário do clube, afirmou que a polícia, na tentativa de reprimir os torcedores usou gás lacrimogênio e que acabou entrando no ônibus da equipe. Na chegada ao estádio, atletas do Boca mostravam incômodo típico de quando se é atingido por tal tipo de gás.
Além disso, houve o caso de torcedores do River que tentaram furar a barreira policial para entrar no estádio, o que também representou uma tensão no clássico.
Depois do problema com a chegada do time visitante, o presidente do Boca, do River e da Conmebol, Daniel Angelici, Rodolfo D’Onofrio e Alejandro Domínguez, respectivamente, se reuniram para discutir o assunto. Gianni Infantino, presidente da Fifa, também se reuniu com os dirigentes.
A princípio, a entidade que rege o futebol sul-americano adiou o início do duelo em uma hora, o que pareceu muito mais uma medida para tentar acalmar o ânimo dos torcedores que já tinham lotado o Monumental. Posteriormente, foi anunciado a suspensão do jogo.