Felipe Melo e Felipão no Boca?
Sim, isso pode acontecer
Daniel Angelici deixará a presidência do Boca Juniors no próximo dia 8. O clima é de fim de feira depois de perder a Libertadores de 2018 para o River Plate e ser eliminado da edição deste ano novamente pelo grande rival. O técnico Gustavo Alfaro é outro que já disse que vai embora no fim do ano. Grandes mudanças são esperadas, pois correntes políticas variadas disputam o comando. Foi dessa sede de novidades que nasceu a especulação sobre Luiz Felipe Scolari e Felipe Melo
Leandro Contento, colunista do jornal argentino “Olé”, foi o primeiro que levantou tal possibilidade, em outubro. Ele disse que Felipão era uma alternativa desejada de outros tempos e que agora poderia ser concretizada. Renato Gaúcho, segundo o jornalista, “não fica atrás” na lista de desejos por um técnico estrangeiro
Mais recentemente, um dos pré-candidatos à presidência do Boca Juniors, Jose Beraldi, disse que se for eleito tentará a contratação de Felipe Melo: “Se eu quero ganhar a Libertadores o contrato”. O volante do Palmeiras é um jogador muito elogiado pelos torcedores argentinos nas redes sociais, e a “sugestão” está sendo levada a sério por causa do estilo aguerrido em campo do ex-jogador da seleção brasileira.
O Boca Juniors teve receita de cerca de R$ 265 milhões em 2019. Seria o nono colocado deste quesito financeiro no Brasil, o que pode dificultar na eventual confirmação de interesse em Felipe Melo, pois o Palmeiras registrou R$ 654 milhões e tem contrato com o jogador até o fim de 2021. Vai cobrar caro.
Já Felipão está livre, mas cotado para voltar ao futebol chinês na próxima temporada.
Primeiro treinador campeão do mundo pela seleção brasileira em 1958, Vicente Feola foi contratado pelo Boca Juniors na véspera do Natal de 1960. O presidente do clube argentino da época afirmou que gostaria de voltar a ser campeão e também “oferecer bons espetáculos”.
O Boca de Feola chegou a fazer bons jogos, como uma goleada por 4 a 0 sobre o Flamengo que rendeu elogios do jornal “A Noite”: ” (…) uma grande exibição, jogando à brasileira, de primeira e em grande velocidade”. Também houve episódios negativos, como os 5 a 1 sofridos diante do São Paulo. Os argentinos buscaram nomes importantes do futebol brasileiro na época nessa tentativa de reconstrução. Mas a magia durou pouco.
O contrato de Vicente Feola tinha cláusula de rescisão em caso de convite da seleção brasileira. Ele tinha ouvido que a torcida do Boca exigia saída de treinadores por qualquer coisa e se protegeu. Em setembro de 1961, pediu demissão após uma sequência de derrotas com elenco caro que deixou o Boca em sexto lugar. No mês seguinte, o treinador aceitou convite para ser supervisor da seleção na Copa do Mundo do Chile. Viu o bi.