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CBV e técnicos das seleções aprovam adiamento da Olimpíada

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Zé Roberto Guimarães

JOGOS OLÍIMPICOS

CBV e técnicos das seleções aprovam adiamento da Olimpíada

Profissionais do vôlei mostraram-se a favor da decisão do COI

A confirmação do adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio, por conta da pandemia do Covid-19, foi recebida de maneira positiva pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) nesta terça-feira. Além de dirigentes da entidade, os treinadores das seleções brasileiras de vôlei mostraram-se a favor da decisão, priorizando a saúde de todos os envolvidos.
Diretor executivo da CBV, Radamés Lattari revelou que a entidade prioriza a integridade dos atletas, comissões técnicas e demais profissionais.
“A CBV tem como primeira preocupação a integridade e saúde dos atletas, comissões técnicas e todos os profissionais envolvidos em uma edição de Jogos. Apoiamos integralmente a decisão do COI e esperamos pelas novas definições para saber sobre a Liga das Nações. Assim que for permitido pelas autoridades, vamos ver qual vai ser o melhor caminho a seguir e refazer nossa programação”, declarou.
“Estamos monitorando tudo que vem acontecendo no Brasil e no mundo e tomando as decisões dia após dia. A determinação pelo adiamento foi correta. A questão da saúde está acima de todas. Isso é absolutamente indiscutível. Além disso, para nós, o planejamento e o treinamento sempre foram a base tudo, seria muito difícil chegar para uma edição do maior campeonato do calendário sem que fosse na melhor circunstância. Agora é preciso ter serenidade para planejar e seguir adiante assim que tudo isso passar”
Zé Roberto Guimarães
Assim como Renan, José Roberto Guimarães, da seleção feminina, apoiou o adiamento da competição. O treinador reiterou ainda a importância das medidas de prevenção recomendadas pelos profissionais de saúde.
“Acredito que a decisão tomada pelo Comitê Olímpico Internacional foi a melhor possível. Diante da pandemia do coronavírus que toma conta do mundo inteiro, o momento pede que as pessoas permaneçam em casa, seguindo as recomendações das autoridades da saúde. Estamos acompanhando o que está acontecendo e temos pensado em alternativas para a temporada, mas ainda é tudo muito recente. Precisamos aguardar o que vai acontecer no Brasil e no mundo. Todos precisam se cuidar e ficar em casa”, declarou.
A aprovação da medida não veio apenas das seleções de quadra. Superintendente do Vôlei de Praia da CBV, Virgílio Pires, em contato direto com os treinadores das duplas classificadas (Bruno/Evandro, Ana Patrícia/Rebbecca, Alison/Álvaro, e Ágatha/Duda), também apoiou a decisão.
“A decisão foi a mais sensata. Nós vivemos um momento de incertezas no mundo como um todo devido a essa pandemia. Estávamos com os atletas muito angustiados e inclusive já havíamos feito uma consulta a cada técnico dos times classificados e todos foram unanimes em dizer que o adiamento seria o mais acertado. Sabemos que o momento ainda é de incertezas e que vai ser preciso uma adequadação em todos os órgãos para que tudo se ajuste e, depois que o calendário for definido, possamos fazer uma nova programação”, destacou Virgílio.
A princípio os Jogos Olímpicos de Tóquio serão realizados em 2021, mas ainda não há data definida. O anúncio da suspensão foi feito nesta terça-feira, depois que o COI ficou pressionado pelas confederações nacionais e pela comunidade esportiva. Esta é a primeira vez desde 1896 que os Jogos Olímpicos são adiados. O maior evento esportivo do mundo já havia sido cancelado em três oportunidades-Berlim 1916, Tóquio 1940 e Londres 1944, em decorrência da Primeira e Segunda Guerra Mundial.