Começo o texto infelizmente da mesma maneira que tenho feito nesses meses,minha impotência contra isso que me aflige, e eu não seria ético, não seria psicólogo amo minha profissão na sua essência ela cuida do outro, não seria cidadão com vontade de gritar pela aflição de ver tanta ganância, oportunismo e irresponsabilidade com a incompetência reinando, é triste mas tenho que prestar minhas condolências para as mais de 82.000 famílias enlutadas pelo CORONAVIRUS, perdemos essas vidas, uma pandemia que deveria ser enfrentada desde o início com responsabilidade, mas iremos superar.
Eu me sinto inerte, preocupado vendo o desespero das pessoas nesse momento, a dor, o sofrimento, a negligência que são tratadas essas famílias, a falta de respeito, carinho, cuidado e amor, abri uma ferida no meu coração, ele esta vivo e pulsa forte e firme, eu sou um profissional tenho que ter equilíbrio e conduta firme nesse momento e tenho conseguido, tenho que saber conviver entre a razão e emoção. Não é fácil, o sofrer do outro vai abrindo essa ferida, sei que tudo é momento, e tenho certeza que iremos celebrar a Vitória contra esse vírus.
Vejo meu país sofrido e cansado pelos desmandos, oportunismo e interesses, cada mas combalido, nossos corações feridos se tornam mais fortes para continuar no combate a essa situação que nos colocaram. Me desculpem a maneira direta de falar, mas tenho um coração ou melhor temos um coração que cabem muitos sentimentos para poder lutar e estender a mão para quem precisa, principalmente na perda dos seus entes amados, a ferida viva no meu coração é pelo país e o caminhou que tomou, pela tristeza que assola a sociedade nossa sociedade, o título do texto é figurativo uma metáfora, mas a vontade é real, sofro com quem sofre, sinto a perda das pessoas que amamos, já perdi e como profissional acompanho e acompanhei muitos momentos delicados, estou disposto a me doar o quanto for possível, e estarei sempre com quem precisar, isso é cuidado, amor e respeito, estamos juntos, sei que temos caminhos difíceis pela frente, essa ferida vai desparecer porque iremos vencer o mal, o oportunismo e a banalização da vida, Vitória é nosso nome e sobrenome. Esse texto foi difícil fazer, mas estamos na frente da batalha sempre para quem precisar.
Encerro com um pedacinho da música que me inspirou o texto, do gênio Belchior, na voz da nossa estrela maior da canção da MPB, Elis Regina, musica ‘”COMO NOSSOS PAI é assim:POIS VEJO VER VINDO NO VENTO, CHEIRO DE NOVA ESTAÇÃO, EU SEI DE TUDO NA FERIDA VIVA, DO MEU CORAÇÃO.”
Celebremos a vida vamos vencer, é na luta que a gente se encontra, fiquemos em casa quem tiver que sair se cuide e faça procedimento de higiene abraços.